GIANLUIGI LENTINI
Quando o Milan o comprou em 1992 por 13 milhões de libras, o novo gênio do meio-de-campo havia chegado à terra prometida. A seleção italiana e o melhor clube do mundo naquele momento haviam garantido a extensão de seu reinado por mais cinco anos, graças à genialidade de Lentini. Quatro temporadas mais tarde, partia pela porta dos fundos para o Atalanta, logo se perderia entre Torino, Cosenza e Canelli. Pesou mais a seu temperamento do que sua qualidade.
IVÁN DE LA PEÑA
O popular "Budita" surgiu no grande Barcelona de Cruyff e imediatamente os olhos do mundo se viraram para ele. Era a versão do Xavi de hoje, tinha qualidade e velocidade de jogo. Com De La Peña, o meio-de-campo do Barça seria, por muitas temporadas, o melhor do mundo. Mas o "Budita" se perdeu em algum momento e sua transferência para a Lazio, por apenas uma temporada, e depois para o Marselha, não deram frutos. Terminou voltando ao Barça para ser vendido ao seu rival local, o Espanyol, pelo qual ainda atua quase despercebidamente.
DENILSON
Em seu momento foi a transferência mais cara da história do futebol, uma equipe mediana da Liga Espanhola havia dado o grande golpe e, com a mão do gênio brasileiro, o Bétis estaria a altura de Real Madrid e Barcelona. Os sevilhanos pagaram 30 milhões de libras em 1998. Denilson tinha tudo e em abundância: técnica em velocidade, imaginação, arte e gol. Suas explosões pela ponta eram uma ameaça constante. No entanto, a "saudade" foi mais forte do que a ambição e Denilson perambulou por ligas medíocres desde 2005 até hoje, atuando pelo Kavala, da Grécia.
ANDRÉS D'ALESSANDRO
Cada ano buscam um sucessor para Maradona, no entanto, quando o "Cabezón" apareceu no River, os argentinos foram unânimes em nomeá-lo como e gênio do futebol mundial. Partiu para a Bundesliga com o tricampeonato argentino do River em suas mãos para elevar uma equipe média, mas com muito dinheiro, aos primeiros lugares. Entretanto, o Wolfsburg perdeu suas esperanças nele e, depois de quatro temporadas apagadas, partiu rumo ao Portsmouth, da Inglaterra, e ao espanhol Zaragoza, pelo qual jogou por duas desastrosas temporadas. Acabou regressando à América do Sul e hoje joga pelo Internacional.
JHONNIER MONTAÑO
Sua aparição na Copa América de 1999 com a seleção colombiana, aos 15 anos, marcando contra a Argentina, lhe colocou em posição de futura estrela. O Quilmes o vendeu aos 16 anos para o Parma, da Itália, e a partir deste dia ele foi chamado para substituir o Pibe Valderrama e revolucionar o futebol com sua velocidade endiabrada e sua capacidade de marcar gols. Infelizmente, a noite foi mais forte e o poder de Montaño foi logo substituído por atos de indisciplina. O Parma o cedeu ao Verona e ao Piacenza, por onde brigou com seus treinadores e desde essa época passou pelo futebol da Colômbia, do Qatar e do Peru, em um puro desperdício de talento.
ABEDÍ "PELÉ"
Quando foi eleito o melhor jogador africano, em 1991 e 1992, todos queriam Abedí, o próprio Pelé disse que era um dos 100 melhores jogadores do mundo naquele momento e seu jogo no Marselha o alçou como o próximo fenômeno mundial. Seu apelido ajudou a gerar um furor na mídia e todos esperavam que "Pelé" fosse realmente um novo Pelé. A aventura do ganês se diluiu e ele passou por equipes médias de França, Itália e Alemanha nos anos seguintes. Aposentou-se no esquecimento, em 2000, jogando nos Emirados Árabes Unidos.
QUARESMA
O capricho de Mourinho acabou por ser um fiasco. Sua aparição no Sporting Lisboa, a sua aparência, seu estilo de jogo e sua nacionalidade, nos convidava a sonhar com um Cristiano Ronaldo melhorado. A imprensa portuguesa o vendeu como a fusão de Figo e Cristiano em um só homem, o Barcelona se apressou para tê-lo e o anunciou com alarde a sua chegada em 2003. Uma temporada mais tarde, regressava a Portugal para cair no esquecimento. Mourinho tratou de ressucitá-lo e o levou à Inter como solução, mas sempre foi reserva e, já com 27 anos, parece difícil acontecer um milagre.
FREDDY ADU
Com apenas 21 anos já é um fracasso retumbante. Aos 14, no DC United, se firmou como o próximo gênio do futebol mundial. Pelé viajou à capital dos Estados Unidos para saudar e bater bola com seu provável sucessor. Os melhores clubes do mundo entraram em contato com o DC para assegurar sua transferência. Dois anos depois, o Benfica acabou cedendo-o ao Monaco, no qual foi reserva uma temporada e desde então passou por Belenenses e Aris, da Grécia, clube pelo qual ainda joga, sem sucesso.
NAOHIRO TAKAHARA
A loucura que gerou o Mundial da Coreia e do Japão, em 2002, colocou os olhos do mundo futebolístico sobre estes países. Homens como Miura e Nakata haviam provado sua qualidade na Europa. Mas o talento japonês que seduzia o mundo jogava pelo Jubilo Iwata, se chamava Naohiro Takahara e, com a 10 nas costas, viajava a Buenos Aires para colocar a camisa sagrada que Maradona usava no time Xeneize. O criativo japonês vestiu o uniforme do Boca em 2001 e todos pensaram que só se falaria japonês na década futebolística. A euforia durou seis partidas e, depois de alguns anos na Alemanha, sem sucesso, o desastre japonês voltou ao seu país.
ROBINHO
As comparações eram óbvias. O mesmo clube, a mesma cor de pele, o mesmo começo brilhante e a mesma nacionalidade. Robinho era o eleito dos brasileiros. O Santos o negociou com o Real Madrid por uma cifra astronômica, a apresentação no Bernabéu foi digna de Hollywood e o mundo teria um novo rei do futebol. Quatro temporadas mais tarde e condenado ao banco de reservas com somente 25 gols marcados no total, mudou-se para o Manchester City, onde foi descartado uma temporada depois para voltar ao Santos.
Podíamos ter uma lista de 100, no entanto não podemos deixar de mencionar outros fiascos legendários. Sávio, "o novo Zico", Edwin Congo, o "sucessor de Asprilla", Cavenaghi, "o substituto de Batistuta", Karembeu, "a cópia de Tiganá". Nenhum foi o que se esperava.
Há vários jovens que ainda estão em tempo de sobreviver à sua primeira queda, após serem promovidos em nivel mundial como sucessores do bom futebol. Sergio Canales, da Espanha, o peruano Reimond Manco, a "Foquinha" Kerlon, o mexicano Giovani Dos Santos, o holandês Ryan Babel... Amanhã veremos.
Quando o Milan o comprou em 1992 por 13 milhões de libras, o novo gênio do meio-de-campo havia chegado à terra prometida. A seleção italiana e o melhor clube do mundo naquele momento haviam garantido a extensão de seu reinado por mais cinco anos, graças à genialidade de Lentini. Quatro temporadas mais tarde, partia pela porta dos fundos para o Atalanta, logo se perderia entre Torino, Cosenza e Canelli. Pesou mais a seu temperamento do que sua qualidade.
IVÁN DE LA PEÑA
O popular "Budita" surgiu no grande Barcelona de Cruyff e imediatamente os olhos do mundo se viraram para ele. Era a versão do Xavi de hoje, tinha qualidade e velocidade de jogo. Com De La Peña, o meio-de-campo do Barça seria, por muitas temporadas, o melhor do mundo. Mas o "Budita" se perdeu em algum momento e sua transferência para a Lazio, por apenas uma temporada, e depois para o Marselha, não deram frutos. Terminou voltando ao Barça para ser vendido ao seu rival local, o Espanyol, pelo qual ainda atua quase despercebidamente.
DENILSON
Em seu momento foi a transferência mais cara da história do futebol, uma equipe mediana da Liga Espanhola havia dado o grande golpe e, com a mão do gênio brasileiro, o Bétis estaria a altura de Real Madrid e Barcelona. Os sevilhanos pagaram 30 milhões de libras em 1998. Denilson tinha tudo e em abundância: técnica em velocidade, imaginação, arte e gol. Suas explosões pela ponta eram uma ameaça constante. No entanto, a "saudade" foi mais forte do que a ambição e Denilson perambulou por ligas medíocres desde 2005 até hoje, atuando pelo Kavala, da Grécia.
ANDRÉS D'ALESSANDRO
Cada ano buscam um sucessor para Maradona, no entanto, quando o "Cabezón" apareceu no River, os argentinos foram unânimes em nomeá-lo como e gênio do futebol mundial. Partiu para a Bundesliga com o tricampeonato argentino do River em suas mãos para elevar uma equipe média, mas com muito dinheiro, aos primeiros lugares. Entretanto, o Wolfsburg perdeu suas esperanças nele e, depois de quatro temporadas apagadas, partiu rumo ao Portsmouth, da Inglaterra, e ao espanhol Zaragoza, pelo qual jogou por duas desastrosas temporadas. Acabou regressando à América do Sul e hoje joga pelo Internacional.
JHONNIER MONTAÑO
Sua aparição na Copa América de 1999 com a seleção colombiana, aos 15 anos, marcando contra a Argentina, lhe colocou em posição de futura estrela. O Quilmes o vendeu aos 16 anos para o Parma, da Itália, e a partir deste dia ele foi chamado para substituir o Pibe Valderrama e revolucionar o futebol com sua velocidade endiabrada e sua capacidade de marcar gols. Infelizmente, a noite foi mais forte e o poder de Montaño foi logo substituído por atos de indisciplina. O Parma o cedeu ao Verona e ao Piacenza, por onde brigou com seus treinadores e desde essa época passou pelo futebol da Colômbia, do Qatar e do Peru, em um puro desperdício de talento.
ABEDÍ "PELÉ"
Quando foi eleito o melhor jogador africano, em 1991 e 1992, todos queriam Abedí, o próprio Pelé disse que era um dos 100 melhores jogadores do mundo naquele momento e seu jogo no Marselha o alçou como o próximo fenômeno mundial. Seu apelido ajudou a gerar um furor na mídia e todos esperavam que "Pelé" fosse realmente um novo Pelé. A aventura do ganês se diluiu e ele passou por equipes médias de França, Itália e Alemanha nos anos seguintes. Aposentou-se no esquecimento, em 2000, jogando nos Emirados Árabes Unidos.
QUARESMA
O capricho de Mourinho acabou por ser um fiasco. Sua aparição no Sporting Lisboa, a sua aparência, seu estilo de jogo e sua nacionalidade, nos convidava a sonhar com um Cristiano Ronaldo melhorado. A imprensa portuguesa o vendeu como a fusão de Figo e Cristiano em um só homem, o Barcelona se apressou para tê-lo e o anunciou com alarde a sua chegada em 2003. Uma temporada mais tarde, regressava a Portugal para cair no esquecimento. Mourinho tratou de ressucitá-lo e o levou à Inter como solução, mas sempre foi reserva e, já com 27 anos, parece difícil acontecer um milagre.
FREDDY ADU
Com apenas 21 anos já é um fracasso retumbante. Aos 14, no DC United, se firmou como o próximo gênio do futebol mundial. Pelé viajou à capital dos Estados Unidos para saudar e bater bola com seu provável sucessor. Os melhores clubes do mundo entraram em contato com o DC para assegurar sua transferência. Dois anos depois, o Benfica acabou cedendo-o ao Monaco, no qual foi reserva uma temporada e desde então passou por Belenenses e Aris, da Grécia, clube pelo qual ainda joga, sem sucesso.
NAOHIRO TAKAHARA
A loucura que gerou o Mundial da Coreia e do Japão, em 2002, colocou os olhos do mundo futebolístico sobre estes países. Homens como Miura e Nakata haviam provado sua qualidade na Europa. Mas o talento japonês que seduzia o mundo jogava pelo Jubilo Iwata, se chamava Naohiro Takahara e, com a 10 nas costas, viajava a Buenos Aires para colocar a camisa sagrada que Maradona usava no time Xeneize. O criativo japonês vestiu o uniforme do Boca em 2001 e todos pensaram que só se falaria japonês na década futebolística. A euforia durou seis partidas e, depois de alguns anos na Alemanha, sem sucesso, o desastre japonês voltou ao seu país.
ROBINHO
As comparações eram óbvias. O mesmo clube, a mesma cor de pele, o mesmo começo brilhante e a mesma nacionalidade. Robinho era o eleito dos brasileiros. O Santos o negociou com o Real Madrid por uma cifra astronômica, a apresentação no Bernabéu foi digna de Hollywood e o mundo teria um novo rei do futebol. Quatro temporadas mais tarde e condenado ao banco de reservas com somente 25 gols marcados no total, mudou-se para o Manchester City, onde foi descartado uma temporada depois para voltar ao Santos.
Podíamos ter uma lista de 100, no entanto não podemos deixar de mencionar outros fiascos legendários. Sávio, "o novo Zico", Edwin Congo, o "sucessor de Asprilla", Cavenaghi, "o substituto de Batistuta", Karembeu, "a cópia de Tiganá". Nenhum foi o que se esperava.
Há vários jovens que ainda estão em tempo de sobreviver à sua primeira queda, após serem promovidos em nivel mundial como sucessores do bom futebol. Sergio Canales, da Espanha, o peruano Reimond Manco, a "Foquinha" Kerlon, o mexicano Giovani Dos Santos, o holandês Ryan Babel... Amanhã veremos.